terça-feira, 18 de maio de 2010

Olhos noturnos

Marujo de olhos noturnos não avista o farol
Apenas um mar, imenso mar escuro
Cercado de estrelas a furar os olhos perdidos
De um marujo tentando se encontrar

Marujo de olhos noturnos procura palavras
Para escrever uma canção de amor
Cercado de sereias a furar os olhos perdidos
Entoa um poema para sua estrela

Cansado de navegar em águas turbulentas
O marujo retorna à terra, ao seio de sua família
Finca bandeira e planta sementes de uma árvore
De frutos saborosos e raízes fortes

Eu não sou um marujo, mas gostaria de ser
Pois retorno, sempre que posso, aos braços de minha esposa

(Esboço de um poema sobre os olhos noturnos que guardam o meu sono)

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