Eu percebi esse medo hoje à noite. Aflorou quando finalmente cheguei à Praça da Liberdade após uma longa jornada pela Rua da Bahia. Ali tem a Estadual e uma outra que não guardei o nome, me parece, num anexo ao lado do Museu de Mineralogia. Ainda estavam abertas, percebi, pelo número de pessoas esparramadas pelas mesas e cadeiras de leitura. No entanto, não me atrevi entrar. Estava com um livro na mão, para variar, e sempre tenho receio de entrar em bibliotecas e livrarias com livro na mão. Medo de ser abordado na saída e acusado de larápio.
Afora esse assunto, relacionado ao exercício da mente, me chamaram muito a atenção as caminhadas e corridas realizadas na Praça propriamente dita. Numa escuridão de filme de terror, não fosse aquele amontoado de gente ofegante, suada - uns se arrastando e outros demonstrando alto vigor físico -, eu teria a impressão de que o mundo estava prestes a acabar, a energia tinha sido cortada e o povo corria para se salvar de uma ataque alienígena. Não. Eram apenas esportistas. Só de olhar para eles me cansei. Sentei num banquinho do ponto de ônibus defronte ao Niemeyer e aguardei pacientemente a linha 5031. Observando, é claro. O prazer do voyeur é justamente observar sem ser notado. E notei que alguns pseudo-atletas chegam em lustrosos automóveis e iniciam o ritual do aquecimento. Por que, meu deus, não vieram caminhando? Tudo bem que eu peguei um ônibus lá do Dona Clara e desci na Curitiba, mas daquele ponto até a Praça da Liberdade eu vim caminhando, me exercitei, imagino, mais que algumas pessoas programadas para desfilar por ali.
Afora esse assunto, relacionado ao exercício da mente, me chamaram muito a atenção as caminhadas e corridas realizadas na Praça propriamente dita. Numa escuridão de filme de terror, não fosse aquele amontoado de gente ofegante, suada - uns se arrastando e outros demonstrando alto vigor físico -, eu teria a impressão de que o mundo estava prestes a acabar, a energia tinha sido cortada e o povo corria para se salvar de uma ataque alienígena. Não. Eram apenas esportistas. Só de olhar para eles me cansei. Sentei num banquinho do ponto de ônibus defronte ao Niemeyer e aguardei pacientemente a linha 5031. Observando, é claro. O prazer do voyeur é justamente observar sem ser notado. E notei que alguns pseudo-atletas chegam em lustrosos automóveis e iniciam o ritual do aquecimento. Por que, meu deus, não vieram caminhando? Tudo bem que eu peguei um ônibus lá do Dona Clara e desci na Curitiba, mas daquele ponto até a Praça da Liberdade eu vim caminhando, me exercitei, imagino, mais que algumas pessoas programadas para desfilar por ali.
Eu fui impreciso no título deste texto. Não tenho medo de biblioteca, não. É um pavor! São tantos livros e a vontade é grande de ler todos. Numa livraria, o pavor é menor, do tamanho das economias que estiverem na minha carteira, compartilhado com as responsabilidades econômicas maiores. Mas não deixa de ser uma necessidade básica um livrinho todo mês. Ah, sobre o caminho tomado até a Praça da Liberdade, eu não voei da Curitiba até a Rua da Bahia. Eu caminhei também pela Augusto de Lima.
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