domingo, 30 de maio de 2010

Horário oficial: 7 horas da manhã

Esse foi o horário oficial em que acordei hoje. O extra-oficial - pois não levantei de imediato da cama - foi 4 horas da manhã. Estranho. Eu estou dormindo tarde e acordando cedo todos os dias. E sempre dou um cochilo depois das dez da manhã. Nada profundo. Então, acordando cedo, resolvi caminhar um pouco pelo bairro. Como tinha fôlego ainda na altura do Clube Jaraguá, arrisquei uma caminhada mais longa. Desci para a vila dos oficiais da aeronáutica, até o Aeroporto da Pampulha - aeroporto poético, pois chama-se oficialmente Aeroporto Carlos Drummond de Andrade - e cheguei então até a Antônio Carlos, no Pampulha Mall. Ali do lado tem um supermercado. Entrei para comprar algo para beber, pois naquele momento já estava caminhando há uns cinquenta minutos. Eu não deveria sair de casa com dinheiro. Isso é um fato. Logo na entrada encontrei umas prateleiras com livros em promoção. Por quê? Imagino que a região tenha uma parcela de leitores muito grande. A questão é que algo me assombrou. Promoções sempre me assombram. O livro era "Nossas câmeras são seus olhos", de Fernando Barbosa Lima, editado pela Ediouro. Segundo a orelha do livro, Fernando Barbosa criou mais de cem programas de televisão, sendo um dos mais famosos o "Jornal de Vanguarda", pela TV Excelsior em 1962. Ao final do livro, são listados programas desde 1957 ("Cruzeiro Musical", pelas TV Rio e Record) até 2003 ("Casa de Cultura", pela UTV). Bem, eu ainda não o li. As testemunhas desse blogue sabem que estou com algumas leituras pendentes e fica difícil atravessar um livro na frente dos outros, mas acho que pretendo fazer isso até o final do dia. Para minha surpresa, na contracapa do livro vem anexado um DVD, imagino, mostrando alguns dos programas do autor. Ainda não contei o preço da minha assombração. Pasme, leitor. A pechincha foi registrada na promoção "De 54,90 por 9,90". E ainda vem com um DVD. Por isso que eu sempre saio com dinheiro no bolso. Dinheiro miúdo, é claro. Sobraram-me dez centavos apenas. E fiquei com sede até chegar em casa. Aliás, não cheguei em casa apenas com dez centavos, mas o dobro disso, pois na saída do supermercado encontrei outra moedinha de dez centavos no asfalto.

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