domingo, 27 de setembro de 2009

Um morto não diz nada

Ele foi feliz. Enquanto roubava velhinhos, velhaco. Um dia apareceu um da reserva. Não entendeu. Na linguagem do futebol o da reserva era sempre mais perna-de-pau que o titular. Afinado. Era o cano gelado do revólver. Uma bala no bucho em sentido vertical até atingir as têmporas. Não deu. Vazou na vértebra cervical. Aqui jaz um bandido. O velhinho fez a feira. Sacou todo o dinheiro do defunto. Tinha dinheiro até nos sapatos. Uma navalha no bolso. O resto era só conversa. Lábia. Não deu. O velho era militar aposentado.

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