domingo, 27 de junho de 2010

Ele fazia por obrigação

Sozinho, pensou se o que fazia era ruim ou bom. Não sentia prazer. Ou seja, não era necessariamente uma coisa boa para ele. Não gostava de perder muito tempo no serviço, não havia muito planejamento nesta altura da vida. Ou seja, não necessariamente exigia-lhe um certo esforço; a experiência eliminava várias etapas do processo. Olhava para o futuro sem uma vontade mórbida de saber o que lhe aguardava, nem se chegaria lá algum dia. Pediu mais uma dose de vodca no bar e saiu pelas ruas do centro tropeçando na sorte ou, principalmente, na má-sorte de alguém que o provocasse um sentimento de antagonismo. Ele matava por obrigação.

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