terça-feira, 16 de setembro de 2008

O boi

Olhou direto no retrovisor e viu um boi. Foi tão rápido que ao olhar novamente não havia mais retrovisor. Só um tênis. O motoboy pisou tão forte que deixou o chulezento no quebra-vento. Carro velho. Ainda tem quebra-vento. Virou à direita, entrou numa rua estreita. Pra cortar caminho. Subiu dois quarteirões. Quando desceu na frente da igreja, templo, o que seja, olhou pelo outro retrovisor. Pau! Lá se vai mais um... Não podia mais arriscar retornar à avenida grande. Contornou os jardins da praça e subiu por outra ruela. Ainda tinha um retrovisor. Aquele interno. Piscou. Piscou pra ver se acreditava nos próprios olhos. Um boi estava sentado no banco de trás. O boi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário