domingo, 6 de julho de 2008

De olhos fechados no trem

Contagem regressiva para mais uma viagem. 25 minutos, no máximo. 20, no mínimo. Trem vazio. Tempo frio. Olhos fechados para o mundo, pois é noite. O barulho dos trilhos não é sinfonia, nem poesia, apenas barulho. Solavanco sonoro que tento guardar de memória. Olhos fechados ainda, fone no ouvido. Vai ser difícil acertar a estação. Do rádio, não! Do trem. Se eu passar da minha, é capaz de não voltar. Não conheço nada além da minha. Só pros lados da Eldorado. Tinha dia que o trem parava no trilho na altura do Minas Shopping. Era um breu só. Perdia a conta. Abria os olhos e prosseguia o jogo para não perder o caminho.

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