terça-feira, 22 de julho de 2008

O ninja da Izabel Bueno

Em frente aos prédios em reforma dos Correios na Izabel Bueno tem um ninja. Já o vi como estátua. Duas vezes. Negro, barbudo, um pouco acima do peso. Mas o que me chamou atenção hoje foi a máscara de ninja que ele usava. Sempre apegado a uns galhos secos que, se bem me lembro, eram um arbusto. Já o imaginei transformando-se no próprio arbusto. Ainda não o vi em movimento. Parece que está sempre meditando. De pé, com uns galhos secos nas mãos. De perfil, foi como o vi hoje. Estava lá o ninja negro da Izabel Bueno. A máscara é tão negra quanto a pele dele. Ainda achei que um dia desses o viria reluzente, como aquela estátua de bronze do poeta lá no centro. Não sei ao certo se é de bronze, mas parece. O ninja mascarado, não. Quando não usa o adereço, sim. Pois a pele parece o bronze. Acho que não fala. Poderia descer qualquer dia lá para trocar umas palavras com ele, mas a passagem do ônibus é tão cara que não posso me dar ao luxo de perder um bilhete. Escrevo estas mal traçadas linhas do bairro Dona Clara, mas naquela altura da Izabel Bueno não sei que bairro é. Desconfio que seja o Universitário, pois fica próximo do campus da Unifenas.

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