terça-feira, 5 de maio de 2009

O mistério do teclado

A não era bem um A. Tava mais para B, um nível mais baixo que as outras letras. E tava agarrada, bem fundo no teclado encardido de 2005. Eu não quero comprar outro teclado feito na Ásia por menores de idade que recebem menos centavos do que o total de letras do meu teclado. 111 centavos. 1,11 reais, dólares, euros... ienes, não. Eu tinha uma Olivetti, máquina de escrever, que eu limpava os tipos de tanto batucá-la. Era pesado escrever em máquina. Você não podia errar. Fazia matemática para formatar uma página, as margens. Contava o número de caracteres. Eu fiz curso de datilografia no Senac. Nem sou tão velho assim. Fiz na década de 1990. Não lembro exatamente que ano, mas se procurar na papelada acho o diploma. No fundo da sala haviam computadores. Como eu não tinha computador naquela época, apenas máquina de escrever, uma Remington do meu pai, mais pesada que a Olivetti, eu optei pelo curso de datilografia. Foi legal. Depois, descobri que seria útil. Fui bolsista e monitor na Rádio Universitária de Goiânia e, no começo da minha temporada lá, era máquina de escrever e muito papel carbono para preencher em caixa alta as laudas dos programas. Vou pesquisar onde reciclam teclados. Esse negócio de descartar as coisas no lixo comum é perigoso.

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