quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Olho no Asfalto

Um desvio às cegas, tiro o olho do asfalto. Miro a bala perdida e fujo do cerol-corta-pipa. Outra vez retorno à casa, refazendo coisa antiga, coisa tardia. Eu contei mil passageiros e uma roleta. Roleta-russa, não francesa. Eu conto contigo naquele canto. Canto escuro iluminado pelo olhos que um dia foram seus, hoje são meus. Eu retorno à casa, grisalho, refazendo coisa tardia, coisa antiga. Retorno ao ofício, escrevendo um pouco de sentimento, um pouco piegas, um pouco sincero, um pouco pouco.

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