domingo, 18 de janeiro de 2009

Papelinho Poeira

Debaixo da cama havia poeira. Poeira de não-sei-quantos-dias-atrás. Lavei o chão da casa quando para cá me mudei. Usei mangueira, água e sabão. Outro dia olhei debaixo da cama e vi essa poeira que-não-sei-como-foi-parar-ali. Coisa estranha. Debaixo da poeira havia um papelinho. Busquei o dicionário para ver se era papelzinho. Saquei o "z" para ler o papel pequeno. Nada. Estava em branco. Como não sou adepto de conspirações pequenas, apenas das grandes, rasguei o papelinho e joguei na lixeira. Se você pensou encontrar alguma explicação para o título, desculpe o exercício de escrever sobre algo tão singelo. Um papel pequeno debaixo da poeira que estava debaixo da cama. Bem, eu não limpei aquela sujeira. Eu a deixei lá, com um espaço limpinho demarcado. Um espaço como aqueles de cadáveres em cenas de crimes. O cadáver, desta vez, fui eu, admito, que recolhi e descartei numa lixeira de banheiro. Não encontrarão nenhuma digital para incriminar-me. Usei luvas. Agora, por que usei luvas para efetuar uma tarefa tão simples? Não sei. Só sei que não não sou adepto de conspirações pequenas, apensas das grandes.

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