sábado, 13 de dezembro de 2008

As batidas no armário velho

O sono correu pela casa. Tudo escuro. Barulho nenhum. Não havia sombras, porque não havia luz. Um breu. Um vazio. De repente, batidas no armário. "Batidas surdas". Toc, toc. Toc, toc. Cadenciadas. Subi a escada. Desci ao porão. A casa era grande. No meio do nada. Cercada por tudo. Bairro periférico. Muito mato nas redondezas. Toc, toc. Toc, toc. Chegaram os amigos. Traziam comida e bebida. Não eram pra mim. Desceram ao porão, abriram uma passagem atrás de um armário velho. Toc, toc. Toc, toc, fazia a refém.

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