quinta-feira, 23 de junho de 2011

Todos os Nomes

Eu percorro sebos em busca de livros. Nem sempre tenho em mente o que quero ou que espero encontrar. Meses atrás, na Livraria do Amadeu, na Rua dos Guaranis, encontrei este Todos os Nomes, de José Saramago. Já havia me iniciado em Saramago com o Ensaio sobre a Cegueira. Leitura interrompida pelo anseio de saber logo o que se passaria na história. Tirei o DVD da história na locadora e não li mais o livro. Então, por coincidência, ou não, vejo que este Todos os Nomes, que acabo de iniciar sua leitura, é sobre um Sr. José, escriturário, assim como Bartleby, de Herman Melville. José Saramago, Sr. José e eu, também José. A leitura de Saramago, admito, é difícil, porém saborosa. Cada palavra, cada descrição, é simplesmente fundamental. Quando afirmo que a leitura é saborosa é isso mesmo, deliciosa, alimenta a alma e me faz viver melhor. Mesmo que eu feche o livro e volte a ser inundado por dúvidas, sei que ao abrir um livro como este de José Saramago poderei mudar de dimensão, nem que seja por um pequeno instante, por um virar de páginas. Ontem, sentei-me em uma igreja dedicada a um santo de nome José. Por me chamar José, apesar de muitas vezes apresentar-me pelo segundo nome, Cristian, resolvi "criar" uma coincidência abrindo o livro de José Saramago ali e ler um trecho de seu livro, principalmente, uma parte em que o personagem Sr. José estava grafado. Por um momento, eram quatro pessoas em carne ou espírito com os mesmos nomes: José, José, José e José.

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