segunda-feira, 1 de março de 2010

O galo

O galo cantou às cinco da manhã. Rompeu o silêncio matutino. Levou uma pedrada. Respondeu com outro canto mais demorado. Abriram as janelas os curiosos. Levou outra pedrada. Resolveu mudar o disco. Cacarejou, cacarejando. Já eram quase seis e o galo não parava de cacarejar. O menino da vizinha puxou aquela espingarda de chumbinho para fora da janela e o tiro foi seco. O silêncio surgiu para alegria dos trabalhadores ainda cansados. Não deu tempo nem de fazer o café e lá estava o galo cacarejando novamente. O menino botou a cara para fora da janela e só viu uma piscadela do galo em sua direção. Amanhã eu te pego, disse o menino. Vamos esperar. Vamos esperar para ver o final da história.

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