quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um monte de merda

Não eram fezes. Eram pessoas. Figuras. As mais abomináveis. Suas línguas eram gravatas de seda. Ocupavam todos os meios de comunicação. Jornal, revista, rádio, televisão. Uma bosta. Gente como a gente não fica daquele jeito quando ganha uma eleição. Gente como a gente não gosta de puxar, de carregar saco. Gente como a gente pode votar errado uma vez. Uma só. Se votar duas vezes errado é porque está se tornando uma merda também. Eu fico aqui relembrando os meus candidatos. Eu confesso. Votei errado uma vez. Foi o meu começo. Influenciado pela figura paterna. Ele nem me instruiu a fazer isso. Eu fui apenas pela impressão. Figura conservadora. Depois, corri atrás da história dos candidatos em que depositaria minha confiança ao depositar meu voto na urna. Apenas recentemente votei em mulher. Mulher de verdade, não essas primeiras-damas herdeiras de sobrenomes políticos. Eu evito pisar em merda, mas, às vezes, a gente encontra uma pela frente.

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