sábado, 7 de março de 2009

Gotas de granizo

Você sai do metrô mas o tempo está escuro como no túnel. Gotas dispersas, volumosas, caem sobre os ombros. Parecem pedras, pedras líquidas de granizo. O gelo dói e molha onde lhe acerta. A cabeça, protegida, guia para longe da estação chuvosa. O caminho é curto, mas as gotas lhe fazem perceber que o quanto antes não existe. O corpo já está molhado, os cansados de caminhar, a mente fechada para novas experiências. Você só quer chegar. Chuva em BH trás uma celeuma. É um acontecimento especial para cada um daqueles que moram perto ou longe, na região centro-sul ou na Pampulha. Gotas de granizo não cabem em copos de vidro. Se levantar a cabeça o mínimo que for, perderá um dente, quem sabe dois.

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