sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Partido...

Quebrei o dente. Uma hora estava aqui. Noutra partiu. Era moleque, em Castanhal, quebrando castanha-do-pará no dente. Senti o crocante branco. O crocante se tornou afiado, quase rasguei o lábio superior. Era branco. Branco de dente. Não fiquei banguela. Foi-se uma lasca do primeiro da frente, o incisivo central. São dois. Dois lascados. Acho que uma das lascas engoli. Ah, meus tempos de trave-sem-goleiro! Quando a gente perde um dente é um sofrimento. Não nasceu comigo, mas deveria morrer (comigo). Isso aconteceu, em definitivo, quando conversava com amigos de faculdade. À certa altura do campeonato, senti o baque. Um incisivo lateral tentava me abandonar. Que hora! - Eu sorria nessa hora, imagine. Segurei-o com a língua. Assim fiquei por longas horas. Não tinha espelho na faculdade, por isso não vi como o negócio ficou. Só fui ver em casa. Partiu bem na gengiva. O danado ainda tinha parte da coroa e a raiz fincada na gengiva. Seguinte: fui ao dentista, o sujeito reparou o trauma, fincando um parafuso no espaço vago e um dublê em cima do parafuso. Foi branco. Hoje é azul.

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