sábado, 7 de junho de 2008

Catando jambo no Vila Rica

Infância em Castanhal (PA). No final da rua, um jambeiro enorme. Terra de ninguém. O difícil era subir. Mas pra menino não há dificuldade maior que a fome. Ou gula. No meu tempo era gula. Filho de pai bancário prestes a se aposentar. Naquela época, bancário tinha "status". Não havia um dia que não me aventurasse no meio daquele matagal e olhasse para o alto atrás de jambo. Quando chegava o período dos frutos, podia contar umas duas semanas para a colheita dar fim nos jambos. O melhor de ser moleque no interior é que se tem muito o que fazer o dia todo.

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