terça-feira, 5 de julho de 2011

Carpinejando

Ele subiu ao palco. Parecia um ET, um dos "restart", colorido, mas provocante. Carpinejar me surpreendeu. Eu o li mais que vi. Por isso, o choque. A primeira impressão é a que vale? Carpinejar vale todo o tempo do mundo. Estive ali, frente a frente com o "capeta em forma de guri". Durante a sessão de perguntas e respostas, me diverti mais ainda, carpinejando, aproveitando suas tiradas e lições de quem sabe muito bem do que tá falando e que, se não sabe, finge muito bem também. Carpinejar é um ser humano iluminado, com tesão. Quando discutiu a relação com uma senhora da platéia e provocou arrepios e gargalhadas, tive medo de que o "show" acabasse antes do gozo, do orgasmo. Ainda bem que a Censura - "única entidade que ninguém censura", dizia a Plebe Rude - ficou no passado. Voltando ao presente, Carpinejar foi o marido, o amante, o pai e o filho, ao ler dois poemas no final. Ficou o gostinho de quero mais, de comprar o pão na padaria - ou no mercado - e levar para ele amanhã, só para ver e ouvir mais da sua performance surreal. Obrigado, Fabricio Carpinejar. Bendita mãe que te pôs no mundo.

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