sábado, 19 de março de 2011

Desencontro Marginal

Eu não sou ladrão, eu não sou assassino, eu não sou ninguém. Mas passo por cima de qualquer um que vier apontando o dedo e falando torto comigo. Eu não sou ninguém para você. Mas para mim, você é um corpo em decomposição. Olhei nos seus olhos de vidro e vi sua alma escapar. Os lábios parados no ínterim de um clamor. Não funcionou. Estou eu aqui muito vivo e você muito morto. Vou seguindo, pois me chamarão de louco se me virem conversando com um defunto.